quarta-feira, 24 de maio de 2017

O "AEROPLANO" QUE TRANSPORTOU A "SENHORA" À COVA DA IRIA EM 13 DE SETEMBRO 1917

Por: Professor Joaquim Fernandes.

Esclarecedor, literal e absolutamente esmagador este depoimento. Sob o manto diáfano do vocabulário mítico-religioso revela-se o essencial...
Do livro do cónego Barthas, "Fátima", (pp. 130-2) recolho a seguinte passagem:   
"Todos os que o viram tiveram a impressão, como dois sacerdotes citados - Manuel do Carmo Góis e Manuel Pereira
da Silva - de que se tratava de uma forma semelhante à de um avião que trazia a Mãe de Deus ao encontro prometido aos pastorinhos e que a transportou depois de novo ao Paraíso. Com eles estava Monsenhor João Quaresma, vigário-geral da diocese de Leiria, autoridades eclesiásticas nomeadas pelo bispo para fazer parte da Comissão do Inquérito Canónico, considerou natural e admissível que a Virgem utilizasse um meio de transporte, como qualquer mortal...
Em 13 de Setembro, ao meio-dia solar, escreveu ele:
"Fez-se completo silêncio. Ouvia-se o ciciar das preces. Subitamente soam gritos de júbilo... Ouvem-se vozes a louvar a Virgem. Braços erguem-se a apontar para qualquer coisa no alto. “Olhem, não vêem?...” — “Sim, já vejo!...” A satisfação brilha nos olhos dos que vêem. No céu azul não havia uma nuvem. Também eu levanto os olhos e ponho-me a perscrutar a amplidão do céu, para ver o que os outros olhos mais felizes, primeiro do que eu, contemplaram. “Lá está você também a olhar!...”
Com grande admiração minha, vejo clara e distintamente um globo luminoso que se movia do nascente para o poente, deslizando lento e majestoso através do espaço. Tinha forma oval, com o lado maior voltado para baixo. A meu lado, um sacerdote amigo olhou também e teve a felicidade de gozar da mesma inesperada e encantadora aparição... quando, de repente, o globo, com a sua luz extraordinária, se sumiu aos nossos olhos.
Perto de nós estava uma pequenita vestida como a Lúcia e pouco mais ou menos da mesma idade. Cheia de alegria, continuava a gritar “Ainda a vejo... ainda a vejo... agora desce para baixo!”
Passados minutos, exatamente o tempo que costumavam durar as aparições, começou a criança de novo a exclamar apontando para o céu: “Lá sobe ela outra vez!”, e continuou seguindo o globo com os olhos, até que desapareceu na direção do Sol.
— Que pensas daquele globo? — perguntei ao meu amigo, que se mostrava entusiasmado por quanto tínhamos visto.
— Que era Nossa Senhora — respondeu sem hesitar.
Era também a minha convicção. Os pastorinhos contemplaram a própria Mãe de Deus. A nós fora-nos concedida a graça de ver o carro que a tinha transportado do céu à charneca inóspita da serra de Aire”.

Anexa: reconstituição do globo luminoso observado na Cova da iria, em 13 de Setembro 1917. (Claro Fângio, 1982).

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